O Besouro Literário, junto com a Rádio Baruk, realizou a cobertura da 27ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo e conversou com autores, ilustradores, editores, leitores, quadrinistas, entre outros.
A organização do evento fluiu muito bem, até mesmo nos dias mais cheios – nosso último dia de três da cobertura, foi a ultima sexta-feira, que recebeu mais de 50 mil pessoas. O público jovem chama atenção, assim como novos gêneros que estão em alta no mercado editorial: romances - com sapequices - e ficção cristã (muitas vezes, segundo uma psicóloga com quem conversamos durante o almoço, o público é o mesmo).
foto: Paloma Rodrigues
Conversamos com as autoras de romance Tamires Barcellos e Manu Sousa que salientaram a importância do ambiente online para catapultar seu trabalho – além, é claro, da fidelidade das leitoras que saíram do universo virtual para encontrá-las na Bienal.
Outro grupo que povoou a internet e ocupou a Bienal do livro foram os quadrinistas do Artist’s Alley - Cecília Ramos, Caetano Cury e Gustavo Borges – que junto a outros artistas dividiram o espaço de um estande para ocupar o evento, assim como é feito em outros grandes eventos de cultura pop como a CCXP.
Como o público da Bienal – pelo menos durante a semana – é majoritariamente infantojuvenil, também conversamos com autores ilustradores do gênero: Mateus Rios e Marcelo Jucá, que estavam autografando, e as irmãs Sandra e Cynthia Braik que, assim como no Artist’s Alley, compraram seu estande e ocuparam a Bienal com seu trabalho de maneira independente.
Também nos chamou a atenção o trabalho de Regina Drummond, prima de Carlos Drummond de Andrade, que estava lançando seu livro “Os Sofrimentos do Jovem Werther”, uma adaptação do livro de Goethe voltada para jovens. Obra lançada no evento e no setembro amarelo, trazendo luz para questões tão delicadas da existência humana.
Outro gênero que dominou a Bienal do Livro foi a fantasia, com todos os seus subgêneros, e escrita por autores nacionais. É perceptível que os jovens e o público em geral “compra” – figurativamente e literalmente – essa ideia. Estavam presentes Fábio Kabral, Mila Cassins, Alice Nardes, Vinicius Neves, Wilson Junior, Kali de los Santos e Márcio Pacheco.
foto: Paloma Rodrigues
A equipe do Besouro Literário também foi convidada para assistir uma peça de teatro chamada “A Intrépida Revoada de Batuíra e Maçarica”, que conta – de maneira lúdica e ao mesmo tempo científica – a história de duas passarinhas e um caranguejo. Com muita música, alegria, cor, figurinos impecáveis, o espetáculo conseguiu cativar ao falar sobre a pesquisa da revista Ciência Hoje para Crianças. Um trabalho lindo que, além de tudo, conseguiu adicionar acessibilidade – a personagem da Comadre Fulozinha era intérprete de Libras e realizava a tradução simultaneamente além de participar das ações dos bichinhos – de maneira fluida e natural. Parabéns a toda equipe envolvida!
Peça "A Intrépida Revoada de Batuíra e Maçarica"
foto: Paloma Rodrigues
E finalizamos o último dia conversando com Carlos Giannazi, que além de deputado também é autor, que reforçou a importância dos livros físicos – tema que parece tão ultrapassado, mas ao mesmo tempo, é desesperadoramente atual.
Todas essas conversas você pode ouvir nos episódios 33, 34 e 35 do Besouro Literário no Spotify.
Gostaríamos de agradecer a organização do evento e todos que nos cederam um pouco do seu tempo para continuar construindo, por meio do Besouro, um ambiente propício para leitores e autores trocarem um pouquinho do seu amor pela leitura e sua fé por um mundo melhor.
Enquanto os episódios não saem, ouça nossa conversa com o João Barone:
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